A movimentação de caixa está entre os principais instrumentos de um negócio que quer ter controle financeiro e, acima de tudo, entender o registro das entradas ou saídas durante um período.
Mesmo assim, não basta realizar vagas anotações ou simplesmente imprimir extratos bancários. Pelo contrário, você precisa entender o que é movimento de caixa e conhecer alguns conceitos que ajudam no processo de gestão.
Por exemplo, uma alternativa bem comum entre pequenas e médias empresas é classificar as movimentações do caixa em categorias, como custos e despesas urgentes, investimentos opcionais, gastos planejados etc.
Para entender melhor como funciona a movimentação de caixa e aprender formas de aprimorá-la, a Atual Consult preparou este conteúdo e reuniu tudo o que você precisa saber!
O que é movimentação de caixa?
A movimentação de caixa é formada por todas as transações financeiras que geram impactos no caixa da empresa.
Ou seja, entradas e saídas de dinheiro, pagamento de contas, gestão de contas a pagar e a receber, entre outros compromissos que, potencialmente, impactam nas finanças do seu negócio.
Atualmente, as ferramentas digitais têm sido as principais responsáveis por popularizar a gestão eficiente do caixa. Antes, o controle se resumia a impressão do extrato bancário e do ordenamento dos milhares de comprovantes fiscais emitidos ao longo dos meses.
Por exemplo, a divisão de entradas de acordo com o dia, semana, mês e períodos específicos do dia. A partir dessa informação, é possível tomar decisões com assertividade e prever resultados de acordo com o histórico de meses passados.
Como é feita a movimentação de caixa?
A gestão eficiente da movimentação de caixa é baseada em informação. Não à toa, você precisa ter em mãos dados consolidados a respeito do próprio negócio.
Nos dados imprescindíveis estão a receita dos meses anteriores, os custos e despesas divididas por categorias, os registros mais recentes, entre outras informações igualmente importantes.
O movimento de caixa começa com a verificação do saldo da empresa. Independente de estar positivo ou negativo, estipule períodos fiscais e os siga à risca, sem mudanças ao longo dos próximos anos.
Na sequência, você deve identificar todas as receitas e despesas do seu negócio, considerando todos os custos operacionais relacionados ao produto ou serviço ofertado. Na sequência, é preciso dividi-los em categorias, como “essenciais”, “opcionais” e “urgentes”.
Essa forma de organizar custos e despesas facilita na hora de entender quais são os gastos mais comuns do seu negócio e, acima de tudo, diagnosticar o grau de comprometimento.
Por exemplo, empresas com muitos gastos na categoria de “urgentes” mostram um certo descompasso entre expectativa e resultado, enquanto a predominância de custos “opcionais” reforça o controle do caixa.
Quais os tipos de movimentação de caixa?
Há infinitas formas de realizar a gestão do movimento de caixa, porém quatro tipos se destacam entre pequenas e médias empresas, sendo elas: Fluxo de Caixa Direto; Fluxo de Caixa Indireto; Fluxo de Caixa Projeto; e Fluxo de Caixa Descontado.
Todos são igualmente úteis e a melhor forma de fazer o controle de caixa com eficiência é adotar estratégias que considerem a realidade da empresa.
1. Fluxo de Caixa Direto
O Fluxo de Caixa Direto (FCD) é a principal forma de fazer a gestão do seu caixa. Aqui, você considera entradas e saídas, e realiza a divisão dos valores a partir de alguns fatores, como:
- Contas a receber;
- Contas a pagar;
- Custos e despesas recorrentes;
- Obrigações tributárias;
- Recebimentos e pagamentos obrigatórios.
O FCD pode ser facilmente adaptado ao seu negócio e, fora isso, não tem nenhuma obrigatoriedade em seguir prazos específicos. Portanto, considerar períodos entre 15 dias a três meses sem nenhum problema.
2. Fluxo de Caixa Indireto
O Fluxo de Caixa Indireto (FCI) é um conceito mais especializado e costuma ser usado apenas por especialistas financeiros ou em relatórios de Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Trata-se de análises mais precisas em relação às mudanças no caixa em períodos previamente estabelecidos. A partir desta perspectiva é possível relacionar as variações ao desempenho da empresa, considerando o DRE ou o Balanço Patrimonial (BP).
Entre pequenas e médias empresas, o FCI não é uma solução tão eficiente, tornando-se uma alternativa mais viável apenas nos negócios com departamentos financeiros mais consolidados ou que recorrem ao BPO financeiro.
3. Fluxo de Caixa Projetado
O Fluxo de Caixa Projetado (FCP) se destaca por garantir mais previsibilidade aos resultados. Como o próprio nome sugere, o FCP projeta os custos e despesas de mais impacto na movimentação de caixa.
Colocá-lo em prática é relativamente fácil: primeiro, você deve ter resultados anteriores do caixa, seja em critérios do FCD ou do FCI. Na sequência, as entradas e saídas mais comumente se mantêm e são consideradas nos meses seguintes.
Em paralelo, o controle do caixa é preciso ser visitado com frequência, tendo atualizações constantes ao ter entradas e saídas financeiras.
4. Fluxo de Caixa Descontado
Por fim, o Fluxo de Caixa Descontado é frequentemente utilizado por analistas financeiros. Aqui, indo além do controle financeiro, a proposta é estipular o fluxo e o lucro dos meses futuros, descontado por uma taxa de oportunidade.
Embora extremamente útil para análise de viabilidade de negócios, o seu uso deve ser realizado, preferencialmente, por um profissional da área, pois demanda-se um bom nível de conhecimento técnico.
Acima de tudo, tenha atenção com a desconciliação do seu caixa. Isto é, ter um compromisso de pagamento com prazo menor do que o recebimento.
Em situações assim, as empresas efetivam suas vendas com prazo longos, de até 180 dias, e se encontram sem saída quando pagam seus fornecedores em até 30 dias, por exemplo. Isso pode ser um risco para a saúde financeira do seu negócio.
Por isso, para adotar os melhores hábitos de movimentação de caixa é preciso buscar profissionais especializados da Atual Consult!